quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dois caminhos


Bom, lá estava eu, sábado, casa do prado durante uma tarde de jogos, ouvindo uma palestra muito doida do dudu. Eis que olho para baixo, e vejo uma formiga, daquelas bem pequenas, sabe? Então, o chão em que ela estava é feito de azulejos, e azulejos cortados em espécies de grandes quadrados. A tal formiguinha estava próxima da linha de separação de dois desses azulejos. Desde então, comecei a observá-la. Ver o que ela estava fazendo. Pra onde ela ía. Qual era o plano da vida dela talvez.

Muito bem, percebi que ela estava abaixo da linha de separação dos azulejos e ficava andando meio que sem rumo, de um lado pro outro, sem saber a direção. Estava bem agitada. Foi aí que ela passou pro lado norte da linha, pro outro azulejo. Tendo feita essa passagem, começou a explorar onde ela tinha ido parar. Porque apesar de ser um azulejo muito parecido com o outro, ela ainda não o conhecia, era algo novo, e eu senti que ela se sentia mais livre daquele lado. E isso não é loucura minha, tá? Mas enfim, ela ía e voltava no início, mudava toda hora de azulejo. Não tinha ainda muita confiança no lugar em que ela tinha pisado, e ficava regressando para onde ela estava acostumada a ficar, mesmo que não se sentisse tão bem. Mas no final, ela sempre voltava pro novo e melhor azulejo pra ela ficar. Até que, uma hora, ela entrou para debaixo de uma almofada que tinha no chão, e eu fiquei observando para ver se ela ía sair de lá. Depois de uns 5 segundos, ela não tinha dado nenhum sinal, então, resolvi levantar a almofada para ver o que tinha acontecido. Acredite ou não, ela simplesmente sumiu! E eu falo sério, procurei em todos os lugares dali por perto, mas ela tinha desaparecido.

Essa história me fez pensar em uma interpretação. É o seguinte:

a formiguinha, era como eu, como todos os outros humanos. Pequena e frágil, exposta ao mundo. Sem rumo, sem direção, sem saber o que fazer. Totalmente perdida na vida enquanto estava no azulejo de baixo. Ao sair de lá e mudar para o de cima, a formiga fez a maior decisão da vida dela, que a fez mudar completamente para melhor. Assim como eu, era como se ela tivesse aceitado Cristo em seu coração, aceitado a sua liberdade, crido no imenso amor de Deus, reconhecido que sem Ele, nada é possível, muito menos viver. Como se ela tivesse passado a viver de forma plena, com a vida eterna, no Reino de Deus. Era essa paz que ela encontrou no azulejo, e por mais que fosse a melhor experiência de todas, ela não conseguia se manter sempre lá. Ela caía, assim como todos nós, pecadores e fracos. Mas, e o importante era, que por mais que ela se desviasse do caminho, sempre dava um jeito de voltar. Assim como nós, até ir se acostumando com essa sensação de alegria e amor, de um jeito que nunca tínhamos sentido antes. Até que, seu grande dia chegou. Enquanto passeava por esse pleno azulejo, a pequena formiga passou a viver do lado de Deus. Ao entrar debaixo da almofada, a formiga saiu desse mundo, para um mundo mil vezes melhor. Tudo isso porque um dia ela fez a opção de sair do velho azulejo. Tomara que você também já tenha feito essa decisão, porque eu já fiz, e nada pode me alegrar mais do que isso. Eu já achei uma direção pra minha vida.

Um comentário:

  1. to vendo como voce presta atenção na palestra do Dudu hein , HAHHAHAHAH . brinks !
    leegal ver que até nas mínimas coisas você relaciona Deus, acho bom pensar assim porque gera facilidade de priorizá-Lo !
    apesar de tosquinha como sempre( você :D ) ficou super legal aamiga !

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