quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sob os cuidados de Deus

Ontem caiu a chuva mais cabulosa que eu já vi. Estava no apartamento da Isa, porque a reunião do grupo ontem não foi na casa do prado. Juntaram os grupinhos (dois em dois) e assim, a reunião foi separada e diferente de como é normalmente na quarta. Muito bem, estávamos lá o meu grupinho e o da zú comparth. Lá pras 8 horas (eu acho), começa a chover loucamente, enquanto a gente tava sentada no salão de festas. Tudo bem até aí, porque fechamos as janelas e a porta, e ficamos mais seguras de permanecermos secas. Mas, a chuva começou a apertar, e as janelas não davam mais conta de segurar a água que começou a entrar onde estávamos, meio que invadindo, sem pedir permissão.

Começou a alagar. Tivemos a ideia de subir para o apartamento da Isa para que nosso estudo pudesse continuar. Porém, tínhamos um pequeno problema: ela morava no oitavo andar, e subir de elevador poderia ser um pouco arriscado. O consenso que entramos foi o seguinte: quem tá com preguiça de ir pela escada, vai pelo elevador. E lá fomos. Eu estava quebrada e com muita dor na perna, optei pelo elevador. Entrei então, junto com a Jú Comparth, Kell, Nanda, Pat - zorzetty e Mari. Fizemos uma subida tranquila se não fosse pelo instante em que a luz do elevador se apagou e todas gritamos.

Antes que pudéssemos acabar de gritar, ficou um pouco mais claro, e podíamos nos ver. A luz do prédio havia acabado. Por isso ele tinha parado, e, ou seja, estávamos presas. Ok, pelo menos era no andar da Isa e logo que começamos a gritar o seu pai, mãe e irmão foram nos ver com uma lanterna. Ficaram tentando abrir a porta com uma chave de fenda eu acho. Enquanto isso, começamos a refletir (já que não tínhamos muitas coisas que pudéssemos fazer mesmo): imagina essa chuva na casa do prado! Todos os grupinhos teriam que fazer o estudo no salão, e não teria espaço para ninguém respirar lá. Olha só como Deus cuida de tudo com tanto carinho, proporciona sempre o melhor para nós. Olha o tamanho do amor de Deus! Depois das reflexões, a kell começa a falar em um tom sério: se a luz voltar, o elevador tem sinceras chances de cair. Eu fiquei tipo :O, porque ela não estava brincando. Até que a Jú fala: olha a caaara da carolzinha! HUSAHUSHAU, muuuito paia! Eu tava com muito medo, e não é sempre que eu sou assim. ( Tive coragem até de passar o dedo no fogo da vela ontem, um grande passo para mim. :D ). Enfim, começamos a tentar descontrair o ambiente, mas era meio impossível, já que o elevador era pequeno, e estava lotado, com todo mundo desconfortável e incomodado com a situação em que nos encontrávamos.

Depois de um tempo com algumas risadas e muito medo, o porteiro chega e em menos de 5 segundos, consegue nos tirar de lá. Todas suspiramos aliviadas. Que aventura! Lembramos então de uma palestra que o Lucas ( Frango ) tinha dado lá no prado, sobre viver aventuras ao lado de seus amigos. E concluimos, essa foi uma aventura e tanto! Chegamos finalmente ao apartamento da Isa, e sentamos na mesa de jantar da sala, com duas velas no centro: o suficiente para que pudéssemos nos ver. Conversamos muito, rimos muito, comemos muito os deliciosos cachorros-quentes da mãe da Isa. Tenho certeza que se estivesse em casa, sozinha, aquele momento seria muito ruim para mim. Mas não, Deus cuidou até disso. Porque quando aconteceu o que iria acontecer, eu estava segura, com minhas lindas amigas ao meu lado, me divertindo como nunca. Rindo, falando (eu, principalmente, já que não consigo falar calada, tipo, NUNCA). Kell até revelou seu medo da cachorra Polly da Isa, e contou que a espantava com um porquinho de pelúcia da Isa. E até falamos da ideia de construir um barco e sair pelas ruas, porque sim, estavam alagadas. Enfim, momentos e histórias que eu não vou me esquecer. Porque, naquela noite que tinha TUDO para dar errado, eu estava com minhas irmãs, e se transformou ( como mágica ) num dos mais belos dias da minha vida. Obrigada, Pai amado, por ter me colocado lá, por ter cuidado de nós, que te louvamos e exaltamos. Obrigada porquê sua glória reinou.

Mt 18:20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles"

Com Deus, sob os cuidados de Deus, tudo consegue se tornar maravilhoso!


p.s.: enquanto procurava uma imagem que ilustrasse meu post, achei essa, e a legenda era: uma vela acesa simboliza a fé. Tudo a ver com o que passei, e com quem passei esse apagão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dois caminhos


Bom, lá estava eu, sábado, casa do prado durante uma tarde de jogos, ouvindo uma palestra muito doida do dudu. Eis que olho para baixo, e vejo uma formiga, daquelas bem pequenas, sabe? Então, o chão em que ela estava é feito de azulejos, e azulejos cortados em espécies de grandes quadrados. A tal formiguinha estava próxima da linha de separação de dois desses azulejos. Desde então, comecei a observá-la. Ver o que ela estava fazendo. Pra onde ela ía. Qual era o plano da vida dela talvez.

Muito bem, percebi que ela estava abaixo da linha de separação dos azulejos e ficava andando meio que sem rumo, de um lado pro outro, sem saber a direção. Estava bem agitada. Foi aí que ela passou pro lado norte da linha, pro outro azulejo. Tendo feita essa passagem, começou a explorar onde ela tinha ido parar. Porque apesar de ser um azulejo muito parecido com o outro, ela ainda não o conhecia, era algo novo, e eu senti que ela se sentia mais livre daquele lado. E isso não é loucura minha, tá? Mas enfim, ela ía e voltava no início, mudava toda hora de azulejo. Não tinha ainda muita confiança no lugar em que ela tinha pisado, e ficava regressando para onde ela estava acostumada a ficar, mesmo que não se sentisse tão bem. Mas no final, ela sempre voltava pro novo e melhor azulejo pra ela ficar. Até que, uma hora, ela entrou para debaixo de uma almofada que tinha no chão, e eu fiquei observando para ver se ela ía sair de lá. Depois de uns 5 segundos, ela não tinha dado nenhum sinal, então, resolvi levantar a almofada para ver o que tinha acontecido. Acredite ou não, ela simplesmente sumiu! E eu falo sério, procurei em todos os lugares dali por perto, mas ela tinha desaparecido.

Essa história me fez pensar em uma interpretação. É o seguinte:

a formiguinha, era como eu, como todos os outros humanos. Pequena e frágil, exposta ao mundo. Sem rumo, sem direção, sem saber o que fazer. Totalmente perdida na vida enquanto estava no azulejo de baixo. Ao sair de lá e mudar para o de cima, a formiga fez a maior decisão da vida dela, que a fez mudar completamente para melhor. Assim como eu, era como se ela tivesse aceitado Cristo em seu coração, aceitado a sua liberdade, crido no imenso amor de Deus, reconhecido que sem Ele, nada é possível, muito menos viver. Como se ela tivesse passado a viver de forma plena, com a vida eterna, no Reino de Deus. Era essa paz que ela encontrou no azulejo, e por mais que fosse a melhor experiência de todas, ela não conseguia se manter sempre lá. Ela caía, assim como todos nós, pecadores e fracos. Mas, e o importante era, que por mais que ela se desviasse do caminho, sempre dava um jeito de voltar. Assim como nós, até ir se acostumando com essa sensação de alegria e amor, de um jeito que nunca tínhamos sentido antes. Até que, seu grande dia chegou. Enquanto passeava por esse pleno azulejo, a pequena formiga passou a viver do lado de Deus. Ao entrar debaixo da almofada, a formiga saiu desse mundo, para um mundo mil vezes melhor. Tudo isso porque um dia ela fez a opção de sair do velho azulejo. Tomara que você também já tenha feito essa decisão, porque eu já fiz, e nada pode me alegrar mais do que isso. Eu já achei uma direção pra minha vida.